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Transparente como a
Julok deve ser...
Eu decidi tentar
escrever um pouco sobre tudo aquilo o que eu não consigo falar, mas
eu não vou divulgar esse blog e nem contar pra ninguém que voltei a
escrever nele. Eu sei que o pensamento lógico seria: Se não quer
que ninguém leia, porque está jogando isso num blog ao invés de
simplesmente deixar isso num arquivo de computador ou numa folha de
papel na gaveta?
A resposta é simples.
Eu não sei se quero que ninguém saiba de tudo isso, então eu não
conto, mas talvez seja bom que alguém leia isso um dia.
Eu não gosto da
pessoa o qual acabei me tornando, então apaguei tudo e vou recomeçar
hoje do zero. Provavelmente esse meu pensamento vai ser como o
retorno desse blog, temporário, mas vai que... Eu quero e preciso
falar sobre tantos assuntos que nem sei por onde começar, então
possa ser que as coisas pareçam totalmente aleatórias, mas
possivelmente é o que mais define minha cabeça ultimamente.
Eu sinto falta de
algumas pessoas, na verdade de muitas, mas de algumas um pouco mais
do que as outras. Muitas pessoas não fazem ideia do quanto são
importantes para mim, e por muito tempo eu quis mostrar isso e também
quis que fosse recíproco, mas isso não acontecerá mais. Minhas
pessoas são minhas ainda, mesmo que elas não saibam. Atualmente eu
prefiro saber dentro de mim o significado de cada uma delas,
literalmente sem cobrar nenhuma consideração de volta. Eu não me
importo mesmo se elas ainda gostam de mim e tem a mesma amizade que
já tivemos um dia, basta saber que pra mim elas ainda fazem parte do
meu coração e eu ainda falo com orgulho da nossa amizade para as
outras pessoas. Minha pele ficará mais bonita dessa maneira. Eu estou no meu
trabalho escrevendo isso e não posso esboçar nenhuma expressão,
mas tá difícil segurar pra não chorar. (Eu precisava desabafar
sobre isso) Eu não sou a pessoa
que já fui um dia e nem voltarei a ser, e muitos se afastaram por
isso. Já chorei horrores por conta disso, mas nada mudou devido ao
choro, então parei. Lembrando que o fato de eu não chorar (que é
mentira) não muda nada dentro de mim. Eu não sei
administrar a vida. Eu sei que é uma situação que eu procurei,
“agora aguenta, sua otária”, mas eu não estou sabendo lidar com
uma porrada de coisa e na boa, já cansei de tomar comida de rabo.
“Mas Julok, a vida é
assim... você tem que aceitar, não é fácil para ninguém. E se
falamos alguma coisa, é porque queremos seu bem...”
Eu sei disso. O pior é
que sei mesmo, de verdade, não é ironia. Eu não quero me fazer de
coitada, mas o problema é que só tomo comida de rabo. Ninguém faz
o contrário. Tem noção do quanto tempo faz que eu não tenho um
colo? Às vezes eu queria conversar e não ser julgada. Pensando bem,
acho que é por isso que comecei a não conversar mais com as
pessoas, as caras de reprovação e tudo o que eu ouço quando eu
queria só falar me derrubam. Eu não quero ninguém me olhando como
se eu tivesse fazendo drama ou como se eu quisesse que tivessem dó
de mim. Sabe, eu sei que tenho
um recorde mundial de merda que já fiz a ser superado, mas ainda sou
ser humano. Eu sou um lixo de pessoa, feia, irresponsável, burra,
não tenho força de vontade, dramática, uma péssima mãe... mas
ainda sou um ser humano.
Quanto à minha
maternidade... não sei falar sobre isso. Me esforço de verdade,
sério, ninguém sabe sabe o quanto. Mas vez ou outra me falta com
quem dividir a tarefa.
Bem, mas de tudo há
um fator positivo. Alguma pessoa realmente gosta de mim e eu sou
totalmente apaixonada por ela. Há dias tenho passado por situações,
e acho que se não fosse por ela, eu estaria completamente perdida.
Um dia faço um declaração pública pra ela, vou ter condições de
dar um presente lindo, mas por enquanto só posso agradecer por ela
ter me adotado.
Eu sou completamente
apaixonada por uma pessoa há anos e anos e anos... Mas sobre isso
não vou falar, assim como nunca falei.
Acho que meu controle
acabou.
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